Depois da briga

Chefes de organizadas já são considerados foragidos

Justiça decretou a prisão de quatro líderes das torcidas

Delegado Pablo Sartori, da delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI)
Delegado Pablo Sartori, da delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) |  Foto: Marcelo Tavares
  

Os quatro membros de torcidas organizadas Anderson Clemente, da Raça Rubro-Negra, Anderson Azevedo, da Young Flu, Bruno Paulino, da Jovem Fla, e Fabiano Souza, da Força Jovem do Vasco, já são considerados foragidos. Segundo o delegado Pablo Sartori, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), as buscas estão sendo realizadas desde a noite do último domingo (12). A Justiça decretou a prisão dos quatro membros nesta segunda (13). 

"As equipes estão buscando os líderes desde domingo à noite. Eles ainda não foram localizados e já são considerados foragidos. Conseguimos busca e apreensão para todas as sedes e para as casas dessas pessoas que tem mandado de prisão. O material apreendido será analisado e o mais importante, as torcidas em si estão com seus funcionamentos proibidos, as associações, os CNPJ estão desconstituídas no momento e houve o bloqueio judicial das contas bancárias.  das contas, ou seja, nenhuma dessas torcidas organizada hoje tem como se gerir financeiramente", disse Sartori.

Foi criada uma força tarefa na Polícia Civil com dois objetivos principais, sendo o primeiro deles impedir que novos atos aconteçam e o segundo, apurar o desdobramento dos atos que já haviam acontecido.

"O jogo de ontem (segunda) ocorreu sem nenhum problem. O jogo do Fluminense ocorreu sem nenhum problema porque conseguimos algumas medidas muito importantes que inibiram e vão inibir novas ações assim. Entre essas medidas nós temos as prisões de líderes de quatro torcidas", contou.

Segundo o delegado, parte do dinheiro da torcida era usado para financiar a compra de objetos usados nas brigas.

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"Eles financiavam essas ações violentas indiretamente, deslocando grupos de pessoas  até os locais onde eles acabavam se enfrentando, comprando insumos que não são destinados a violência, mas acabam sendo usados pra isso, como fogos de artifício, madeira, metal que era para bandeira, mas era utilizado como armas", disse.

Mais de 100 torcedores foram intimados para prestar depoimento na DRCI. Até esta segunda-feira (13), 50 pessoas já tinha sido ouvidas.

Depoimento

Torcedor negou envolvimento com torcidas organizadas
Torcedor negou envolvimento com torcidas organizadas |  Foto: Marcelo Tavares
  

Na manhã desta terça-feira (14), outros torcedores prestaram depoimentos, entre eles, um homem que se identificou apenas como Walace. Ele admitiu que já foi membro de torcida organizada, mas que há 6 anos já não faz mais parte.

"Não tenho ligação alguma com torcida organizada. Eu fui ao Maracanã, eu sou um torcedor comum, eu tenho o direito de ir e vir. Eu não tenho mais restrições no estágio desde 2017, quando eu me desliguei totalmente da torcida organizada. Eu era da torcida do Vasco mas não faço mais parte", contou.

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